No país vizinho de Espanha na década de 30 do século XX, produziu-se uma violentíssima e cruenta perseguição religiosa: 13 bispos, 4184 sacerdotes, 2365 frades e monjes, 283 irmãs, e milhares de leigos foram assassinados "in odium fidei", a esmagadora maioria no decorrer da Guerra Civil Espanhola. A tragédia, apesar de toda a dor, constítui uma das páginas mais gloriosas da Santa Igreja Católica com o martírio de uma multidão de santos e santas que por amor a Deus e à sua Igreja deram a suas vidas, e dos quais sou afinal, irmão na Fé pela graça do Baptismo. Este espaço é a todos eles e elas dedicado! Que a intercessão destes santos e beatos junto de Nosso Senhor Jesus Cristo me ajude a ser um cristão coerente e verdadeiro neste nosso século XXI!

Não é minha pretensão com este blog julgar os assassinos ou seus herdeiros ideológicos. Ao Senhor pertence o julgamento. Eu, que apenas ambiciono ser um simples seguidor de Cristo na sua Igreja, cabe-me perdoar, tal como o fizeram aos seus carrascos estes mártires espanhois que aqui vão ser apresentados. Faço minhas as palavras do cardeal vietnamita Nguyen Van Thuân - que passou 12 anos em prisões comunistas - quando dizia "não me sentiria cristão se não perdoasse".

Nesta nossa sociedade de 2012, de indiferentismo religioso, hiper-consumista, hedonista e abandono de valores cristãos, foi Graças à "descoberta" das histórias individuais de todos estes mártires, à sua imolação, ao seu holocausto; que dei por mim num caminho de conversão. Re-encontrei-me com Jesus Cristo e com a Santa Igreja Católica.

"Por causa do Meu nome, sereis odiados em todas as nações" (Mc 13,13).

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Pe. Isabelino Madroñal Sánchez - diocese de Toledo



O padre Isabelino Madroñal Sánchez, pároco de Ricomalillo, foi surpreendido pelo inicio da guerra, quando estava na paróquia de Malpica do Tajo.
Tinha nascido em Las Herencias a 8 de julho de 1900 e era sacerdote desde 22 de setembro de 1922. Perante as ameaças marxistas decide, naqueles difíceis dias de julho de 1936, regressar à sua aldeia natal. No entanto, foi detido por mílicias de Las Herreras que o entregaram a milicianos da sua antiga paróquia de La Nava. Ali permaneceu aprisionado até 29 de agosto, onde em pleno campo, junto ao rio Huso, o assassinaram.
Profundo conhecedor do coração humano, sabia que aqueles mesmo, de entre os quais repartiu o seu dinheiro e os seus cuidados durante 11 anos, seriam os que gritaram, como os judeus contra Jesus: "Crucifica-o!". Antes de morrer invocou ao Senhor em voz alta e perdou os seus antigos paroquianos do crime que cometiam. Antes de partir, os milicianos regaram o seu corpo com gasolina e atearam fogo. Os restos calcinados do Pe. Isabelino estiveram ali no descampado até ao final da guerra. Após a guerra, os seus restos foram colocados no cemitério de Las Herencias. Em 2011, procedeu-se à exumação das reliquias, e depositadas na Igreja paroquial.

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